sábado, 8 de agosto de 2009

7º Dia Circuito Portugal Arqueológico

Situada numa colina da Serra de Monchique, Silves deve a sua fundação e desenvolvimento ao Rio Arade, importante via de comunicação que atraiu o estabelecimento de povos desde a Idade do Ferro, 3.000 anos antes de Cristo. O Arade foi também porta de entrada para os romanos que aqui exploraram o cobre e comercializaram outros produtos, tais como o azeite, o vinho, os frutos secos e o sal. No séc. V chegaram os visogodos que permaneceram apenas até ao séc. VIII quando o território a Sul foi ocupado pelo domínio muçulmano. Data dessa época a grande prosperidade de Silves. Foi então uma cidade importante, capital regional de um dos reinos Taifa e pólo comercial e cultural. Tornou-se o refúgio de poetas, cientistas e outros literatos que lhe deram o título de "berço da poesia arábico-andalusa". O Castelo e o Poço Cisterna almóada são os testemunhos que nos ficaram deste tempo. O local onde se situa o poço está actualmente integrado no Museu Arqueológico de Silves. Após uma investida fracassada dos cristãos liderados por D. Sancho I, em 1189, Silves é conquistada definitivamente por D. Afonso III, em 1242 . Com a elevação de Silves a sede de bispado, construiu-se a Sé, no local da mesquita. Até inícios do séc. XVI, manterá a sua importância económica. Na época dos Descobrimentos, muitos habitantes serviram nas caravelas do Infante D. Henrique e ajudaram na defesa das cidades portuguesas norte-africanas.
Situada perto do mar e numa cruz de quatro caminhos estratégicos (entre Sines, Beja, Alcácer do Sal e Lagos), Miróbriga foi, na sua época áurea, um lugar de romaria e peregrinação. Hoje é um dos tesouros que os romanos deixaram como marca da sua passagem e um local de visita obrigatório. Nas ruínas da cidade romana pode encontrar o único exemplar existente em Portugal de um hipódromo, o fórum, dois edifícios de termas excelentemente conservados, uma ponte e muitas outras coisas que fizeram de Miróbriga a cidade célebre sobre a qual escreveu Plínio, o Velho, o sábio romano do século I autor de uma famosa "História Natural".


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