sábado, 1 de agosto de 2009

4º Dia Circuito Portugal Arqueológico

A florescente cidade Romana documentada desde o ano 16 a. C. é das povoações mais antigas de Portugal, com uma forte carga histórica e com um vasto património e de incalculável valor arqueológico. Em todos estes aspectos estão registadas as mudanças lentas e rápidas que transformam as civilizações. Falamos de uma verdadeira aldeia Museu, onde lendas e narrativas estão de constante mão dada com a história. Idanha-a-Velha ergue-se onde foi edificada a gloriosa cidade de Egitânia (com milhares de habitantes) e inúmeras vezes invadida e saqueada. Aqui encontramos vestígios que remontam a diversos períodos, como: a Pré-História, Celtas, Classicismo Romano, Suevo, Visigótico, Árabe, Idade Média Portuguesa e construções do período Manuelino.
Situadas bem próximas da bonita vila de Marvão, em pleno Alentejo, no coração do Parque Natural da Serra de S. Mamede, as Ruínas da cidade Romana de Ammaia localizam-se numa zona de grande beleza, atestando a sua grandeza patrimonial. Em 1995 iniciaram-se no local as escavações arqueológicas que colocaram a descoberto cerca de 3.000 m2, pensando-se que a área original da cidade contaria com cerca de vinte hectares.
A villa desenvolve-se sobre uma colina, junto de um pequeno riacho, em torno de um vasto pátio interior, denominada villa em peristilo.A propriedade foi atribuída a uma poderosa família romana, os BASÍLII, cujo nome é conhecido através de uma inscrição encontrada no local, mandaram construir uma grandiosa residência, e aí se estabeleceram talvez desde o Séc. II até ao Séc. IV d.C., explorando um vasto latifúndio, que incluía lagares, celeiros e outras dependências agrícolas, sempre rodeados de servos.A Norte da villa encontraram-se as ruínas de uma Basílica Paleo-Cristã, com alguma certeza, datada do séc. IV, com três naves, e ábsides contrapostas, a qual tinha um batisfério em forma de cruz de Lorena, com dois lanços opostos de quatro degraus, só se encontrando paralelos na Palestina e no Norte de África.

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